Excogitando A Proposta De Linha Do Tempo Interativa
No Ensino De História: O Caso Da Ilha D'Água E Seus Diálogos Com As Histórias
Ambiental, Patrimonial E Local
Atualmente,
vigoram vultosos debates acerca da possibilidade de uma nova modalidade
historiográfica, chamada de História Digital. Com o intuito de esquadrinharmos
suas implicações, teóricas e metodológicas, na área de História, a presente
pesquisa tem em um primeiro objetivo, discutir as noções de tempo e suas
variantes (tempo histórico, tempo cronológico, tempo natural, tempo social,
temporalidade) e de história ambiental, história patrimonial e local na
possibilidade de uso de plataformas digitais interativas, uma potencial
ferramenta e suporte pedagógico. O debate sobre o meio ambiente pode ser
utilizado de forma interdisciplinar; no entanto, a nossa pesquisa tem um
segundo objetivo em criar uma linha do tempo interativa, para ser utilizada de
forma didática por professores e alunos do Ensino Básico. O recorte temático
preterido incidirá sobre a antiga e atual situação da Ilha d'Água, localizada
na Baía de Guanabara, na cidade do Rio de Janeiro. a Ilha d'Água antes da criação
da petrolífera estatal Petrobrás era uma ilha classificada como paradisíaca
pela imprensa. A ilha serviu de base para gravações de um filme educativo sobre
“o descobrimento do Brasil” durante a primeira Era Vargas. Havia também
moradores nesta ilha que foram removidos devido à instalação da estatal, que
hoje ocupa todo o território da ilha que foi desmatado e desapropriado. Desde a
instalação de indústrias no entorno da Baía de Guanabara, e de processos de
urbanização, há a problemática da poluição das suas praias. Assim trataremos de
expor, empiricamente, a possibilidade de mobilização de uma linha do tempo
interativa, com enfoque na história ambiental, criada pelos alunos da
disciplina didática especial em História, da Faculdade de Educação da Universidade
Federal do Ro de Janeiro.
QUARTA-FEIRA, 18/05
SESSÕES DE COMUNICAÇÃO
(Salas de aula do 6º ano/EF, Pavilhão Carlos
Barreto – “Pilotis”)
15h25min às 17h00min
4. Osmar
Ferreira De Oliveira (apresentação oral de 20 minutos)
Pedagogia No Sec.Xxi, Paradigmas E
Paradoxos.
Teoria
geral de sistemas e taxionomia, uma visão integrada do ensino-aprendizagem;
ensino transformacional, aprendizagem inspirada; análise comparativa diacrônica
e sincrônica: tecnologia e objetivos educacionais na aprendizagem complexa
taxonomia e níveis de perfis na aprendizagem; taxonomia operacional e
otimização; ferramentas e recursos; transparência e otimização das medidas e
avaliações.
5. Jorge Luiz Marques De Moraes (apresentação oral de 20 minutos)
Camões 2.0: O Clássico E O Digital Nas Aulas De
Literatura
Como
estimular os alunos a assumirem o papel de analistas literários,
transformando-os assim em elementos ativos no processo de construção do
conhecimento? Esta comunicação pretende apresentar o projeto Camões 2.0,
desenvolvido com os alunos do 1º ano do Ensino Médio do Colégio Pedro II. Estudar
um nome do porte de Luís de Camões nas aulas de Literatura em geral é, por si
só, um entrave, pois a mera menção ao maior poeta da Língua Portuguesa traz aos
adolescentes, via de regra, a certeza de que os textos lidos serão herméticos
ou enfadonhos. o Youtube tornou-se então o canal pedagógico que propiciou uma
aproximação concreta dos jovens com o universo da análise literária. O primeiro
passo do projeto consistiu na apresentação de alguns booktubers célebres do universo digital brasileiro. Depois disso,
passou-se à análise coletiva de alguns sonetos camonianos em sala de aula, de
modo que tanto os recursos estéticos quanto os temas e os conteúdos recorrentes
pudessem ser identificados e interpretados pelos estudantes. A partir daí, cada
jovem ficou responsável por promover o estudo de um poema diferente de Camões. Surgia
aí uma série de desafios: o primeiro consistia na análise em si de um texto
escrito em um contexto histórico e linguístico tão afastado da realidade
contemporânea; o segundo dizia respeito à tarefa de traduzir de modo palatável
e concreto o soneto camoniano a um público amplo, como o do Youtube; e o
terceiro tinha a ver com a produção e a pós-produção do vídeo em si.
6. Isabel Cristina Mendes Pinheiro Navega (apresentação oral de 20 minutos)
Tramas entre linguagens: o audiovisual no ensino da
língua espanhola
O presente trabalho tem como proposta educativa
discutir o uso do audiovisual no processo de ensino-aprendizagem do espanhol
como língua estrangeira. O debate permeia-se por meio das relações que a
linguagem cinematográfica estabelece ao seu público quando resgata as vivências
dos espectadores, estudantes de língua espanhola, sujeitos atuantes de suas e
outras histórias, e as contextualiza nas projeções cinematográficas com intuito
de, a elas, atribuir sentido: seja ele histórico, político, social e cultural.
Para tanto, a pesquisa fundamenta-se nas experiências didático-pedagógicas
com o cinema, em sala de aula, ambientados ao conteúdo programático e
curricular de ensino, que possibilitam refletir a respeito de questões perenes
ao dia a dia das alunas e dos alunos, convidando-as, e convidando-os, a
pensarem nos porquês de determinadas utilizações feitas nas projeções fílmicas
– ademais de dialogar com determinadas culturas hispânicas através da
inter-relação com as vivências fílmicas: sonorizações, imagens e costumes
sociais – e como elas podem ser interpretadas de acordo com os conhecimentos de
mundo que cada um traz consigo, pois sabemos que a função do filme não é a de,
tão somente, expressar o seu significado no momento da exibição, mas a de,
também, mostrar os tipos de informações, e sentimentos, que ele, aliado à
cultura do indivíduo, pode produzir nos espectadores (TURNER, 1997). O
audiovisual possibilita, com isso, que o desenvolvimento das potencialidades
desses indivíduos seja respeitado – e valorizado – na construção do sentido,
que resulta das ações coletivas, interculturais e interdisciplinares desses
jovens estudantes, também, nos espaços formais de ensino.
QUARTA-FEIRA, 18/05
SESSÕES DE COMUNICAÇÃO
(Salas de aula do 6º ano/EF, Pavilhão Carlos
Barreto – “Pilotis”)
***LINHA TEMÁTICA 3: LINGUAGENS ESCOLARES E
SUSTENTABILIDADE
13h00min às 14h45min
Antonio Roberto Petali Junior
Keli Fabiana Sperandio Salgado Silva
Luciana Maria De Jesus Baptista Gomes
(apresentação oral de 20 minutos)
“Água, Pra Que Te Quero?” – Entrelaçando Linguagens
Escolares
Água é um assunto
que permeia as diferentes linguagens escolares nos diferentes anos de ensino da
Educação Básica; sua importância para a vida faz até com que tenha data alusiva
à sua preservação, a ser trabalhada pelos componentes curriculares. Para
superar o ensino fragmentado, que organiza o conhecimento em forma de
disciplinas, o que cria obstáculos para o desenvolvimento do pensamento
sistêmico e integrado do aluno, a proposta de trabalho a ser descrita neste
projeto foi desenvolvida em uma escola integral de Ensino Médio, pública
estadual, com ênfase ao ensino da língua inglesa, com o objetivo de desenvolver
a percepção do discente para a importância da água nas diversas esferas da
vida. Assim, as turmas foram divididas e desenvolveram projetos relacionando a
água aos aspectos artístico, biológico, econômico, físico, químico e religioso
da humanidade, apresentando os resultados de suas pesquisas em uma culminância
por meio de uma feira, utilizando as diferentes manifestações artísticas, como
confecção de maquetes, peça de teatro, pintura e vídeos, além de experimentos e
simulações biológicos, físicos e químicos. Ficou evidente, no corpo discente, o
desenvolvimento de habilidades cognitivas – apreensão do conhecimento e
criatividade – habilidades sociais – liderança e trabalho em equipe – e a
percepção deste assunto em suas heterogêneas e complementares facetas.